Profª Fabiane Lima
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"Utilidade e Significado", de John Heskett.
Método Cornell
Desde o final da década de 20, designers e arquitetos, ligados ao Modernismo Europeu, vinham buscando soluções formais “internacionais”.
Eles buscavam substituir as formas vernáculas, ligadas a um passado arcaico de regionalismos e nacionalismos por formas universais.
Arquitetura Jugendstil, Letônia
Peça de prata, vidro e ametista projetada por Carl Stock — Alemanha, 1910
A idéia de buscar soluções universais ganha maior notoriedade com a exposição A Moradia [Die Wohnung], organizada por Mies Van Der Rohe em 1927.
“De modo muito geral, a ideologia do Estilo Internacional se baseava na ideia de que a criação de formas universais reduziria as desigualdades e promoveria uma sociedade mais justa.”(CARDOSO, 2004)
"Equipamento de habitação", Le Corbusier, Pierre Jeanneret e Charlotte Perriand — 1929
Poltrona Barcelona, Mies van der Rohe — 1929
Vila Savoye, Le Corbusier — 1931
Os ideais modernistas de igualdade através da uniformidade do consumo e do trabalho foram ganhando força durante a década de 1930, até que a partir do fim da Segunda Guerra Mundial passaram a repercutir com mais visibilidade.
Designers alemães emigrados para os EUA por causa da guerra — Walter Gropius e Mies van der Roeh, por exemplo — acabaram trazendo suas influências para o continente americano.
Farnsworth House, Mies van der Rohe — 1951
Farnsworth House, Mies van der Rohe — 1951
Entre os períodos de 1932 e 1939, e 1950 e 1955, uma série de exposições promovidas pelo Museu de Arte Moderna de Nova York contribuiu para a divulgação dessas tendências.
Exposição International Style: Architecture since 1922 — 1932
Edifício Seagram, Philip Johnson — 1958
Influenciados por tendências da tipografia produzida em Bauhaus e da Nova Tipografia de Jan Tschichold, surgiu o Estilo Tipográfico Internacional nas escolas suiças de design.
Herbert Bayer
Essa tendência trazia para o Design Gráfico características do movimento que a abrangia, como a simplicidade formal, a abolição de adornos, a estrutura em grid e a tentativa de atingir ideais de neutralidade e racionalidade.
"A Nova Tipografia", Jan Tschichold
A superfamília Univers, de Adrian Frutiger — 1928
Tipografia "Frutiger" criada para a sinalização do Aeroporto Charles de Gaulle, de Adrian Frutiger — 1928
Akzidenz Grotesk, que inspirou a criação da Helvetica, em 1957 — 1896
Trailer de "Helvetica: the movie", 2007
Cartaz para a peça "Giselle", Armin Hoffmann — 1960
Capa para a Berlin-Layout, Anton Stankowski — 1971
Swiss in CSS is a homage to the International Typographic Style and the designers that pioneered the ideas behind the influential design movement.Swiss in CSS
A partir dos anos 1950, sob a visão modernista do que é "bom design", surgiu o prêmio Good Design, que atribuía etiquetas e selos de qualidade a peças que estivessem de acordo com os princípios dessa tendência.
(CARDOSO, 2004)Para alguns críticos, o good design nada mais é do que uma forma de impor padrões de gosto elitistas ao consumidor através de um discurso de bom senso e eficiência.
Ou seja, pode ser visto como um novo cânone de gosto no design, derivado, na sua origem, dos preceitos funcionalistas genericamente associados à Bauhaus [...]
Nos EUA, a cultura corporativa reconheceu no design funcionalista vindo dos imigrantes europeus valores irresistíveis: austeridade, segurança, estabilidade, neutralidade, disciplina, todas qualidades que qualquer empresa multinacional desejava transmitir para os seus clientes e funcionários.
Rohe, Gropius, Breuer e Moholy-Nagy
“A grande ironia histórica com relação à preponderância do Estilo Internacional durante as décadas de 1950 e 1960 está no fato de ter-se tornado não um estilo de massa ou mesmo de contestação da ordem capitalista mas, muito pelo contrário, de ter sido adotado como o estilo comunicacional e arquitetônico preferido de nove entre dez grandes corporações multinacionais”(CARDOSO, 2004)
Sofá, Florence Knoll — 1954
Escritório da rede de TV CBS, Florence Knoll — 1964
Logotipos de Paul Rand
Capas de livros de Rudolph de Harak
Ler o trabalho "Papel Social do Designer Gráfico", de Ricardo Yamamoto, disponível neste link — página 12 a 17.